Apr 20, 2024 Última Atualização em: 1:40 PM, Apr 18, 2024

De acordo com dados compartilhados pelo Ministério da Saúde em meados de abril, mais de 1,5 milhão de brasileiros não voltaram para receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Só no Rio Grande do Sul, mais de 123,5 mil gaúchos ainda não completaram o esquema vacinal do imunizante. Neste sentido, gostaríamos de reforçar a importância de receber a segunda aplicação da vacina para desenvolver uma taxa de imunização aceitável contra a doença.

É importante lembrar que se alguém tomar apenas a primeira dose dos imunizantes utilizados hoje no Brasil não estará devidamente protegido. Mesmo com um pouco de proteção oferecida pela primeira dose, a taxa não está dentro dos parâmetros estabelecidos por especialistas e instituições do setor, como a Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Até o momento, quase todas as vacinas aprovadas para uso no Brasil e no mundo precisam de duas aplicações.

As vacinas que são utilizadas hoje em território brasileiro são três: a da Pfizer/BioNTech; a da CoronaVac, Sinovac e Instituto Butantan; e também a AZD1222, de AstraZeneca, Universidade de Oxford e Fundação Oswaldo Cruz. Todas elas precisam de duas aplicações para gerar o efeito esperado. O período para receber a primeira, da Pfizer/BioNTech, deve ser tomada em duas doses com intervalo maior ou igual a 21 dias. A segunda, da CoronaVac, Sinovac e Instituto Butantan, são duas injeções com intervalos de 14 a 28 dias. A terceira, a AZD1222, de AstraZeneca, Universidade de Oxford e Fundação Oswaldo Cruz, deve ser tomada com um intervalo de 3 meses entre a primeira e a segunda aplicação.

Um dos grandes problemas causados após não retornar para completar o esquema de vacinação é a falsa sensação de segurança que o indivíduo cria após receber apenas uma dose. A pessoa pode achar que está completamente imunizada, mas não está e não pode seguir a vida normalmente, pois estará colocando a sua saúde e a das pessoas a sua volta sob riscos.

Portanto, entre em contato com a secretaria de saúde do seu município e informe-se sobre unidades de vacinação mais próximas de sua casa e vacine-se pela segunda vez.

Neste momento de pandemia, a Federação continua exercendo suas atividades de atendimento às associações e ao público que entra em contato pelos meios de comunicação da entidade.

Uma das ações da entidade neste ano de 2020, apesar de todos os problemas gerados pela Covid-19, foi a parceria, em conjunto com a seccional do Rio Grande do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS), que resultou na antecipação de precatórios federais em 2020. É estimado que o valor total disponibilizado aos aposentados e pensionistas foi de R$ 31,7 bilhões. Esse foi um dos últimos trabalhos do nosso eterno presidente Léo Altmayer no comando da Federação.

Outra iniciativa importante da Federação no primeiro semestre de 2020, visando auxiliar as entidades filiadas e os seus filiados, foi a produção de máscaras personalizadas. Foram produzidas 7.000 máscaras para beneficiar aposentados, pensionistas e idosos gaúchos.

Além do benefício do fornecimento de máscaras para entidades, a diretoria da FETAPERGS, colaboradores e funcionários estiveram à disposição das associações mesmo diante dessa pandemia, com o auxílio remoto para esclarecimento sobre iniciativas, projetos e planos da Federação para o combate aos problemas causados pelo novo coronavírus.

Nesses meses que enfrentamos essa doença, estivemos sempre colaborando com as autoridades de saúde com indicações e orientações para as associações para evitar o aumento no contágio da Covid-19. Neste sentido, recomendamos às associações sobre quais devem ser os cuidados para atendimento ao público e sobre a continuidade do trabalho dentro das dependências das associações.

Também não podemos deixar de destacar a importância da nossa classe, considerada categoria de risco ao novo coronavírus, seguir as orientações das autoridades de saúde do Rio Grande do Sul e de seus respectivos municípios. A doença não é nenhuma brincadeira, é algo sério que precisa ser combatido. Portanto, evite sair de casa e se sair, use máscara, mantenha uma distância segura das pessoas, higienize as mãos com água e sabão ou álcool em gel.

Infelizmente, não posso deixar de citar a grande perda que tivemos em julho do presidente Léo Altmayer. Uma grande liderança do movimento no Brasil e um grande amigo, que me conduziu para dentro da Federação, nos deixou. Fica aqui minha mensagem de agradecimento ao seu trabalho totalmente voluntário em prol da categoria.

José Pedro Kuhn – Presidente da Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do Estado do RS

Com a chegada da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil, as secretarias estaduais de saúde tiveram que enfrentar diversos desafios para proteger a população do contágio da doença. O vírus propõe riscos, principalmente, ao público idoso e é exatamente este o foco da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul. Em uma entrevista ao jornal A Voz do Aposentado, da FETAPERGS, a Seção da Saúde do Idoso da pasta de saúde esclarece medidas e alternativas para combate à pandemia. 

Confira abaixo a entrevista na íntegra com a Seção da Saúde do Idoso da Secretaria Estadual da Saúde do RS.

1) Essa pandemia tem sido um desafio para todo o planeta. No entanto, lidar com o público considerado o principal na categoria de risco do novo coronavírus deve ser um desafio ainda maior. Como foram esses quase cinco meses de trabalho com os idosos durante a pandemia?  

Sim. Um grande desafio. A letalidade da COVID-19 é elevada entre as pessoas idosas e cresce com o avançar da idade. Na China, país onde o vírus foi registrado pela primeira vez, registrou-se nas faixas etárias acima de 60 anos as seguintes taxas de letalidade: 3,6% em paciente entre 60 e 69 anos; 8.0% em pacientes entre 70 e 79 anos e 14.8% em pacientes acima ou igual a 80 anos. O grupo etário com menor taxa de letalidade foi o de pessoas entre 10 e 39 anos (0,2%). No Estado do RS isso vem se confirmando: dos 2360 óbitos registradas no território gaúcho, 1875 são de pessoas idosas (79,4%), sendo maior a letalidade nas pessoas acima de 70 anos, dados SES/RS em 10/08/2020. Dada a realidade explicitada acima e em conformidade com o Estatuto do Idoso, a população idosa deve ser priorizada nas ações das políticas públicas, mas historicamente sabemos que este grupo populacional foi muito negligenciado na garantia de acesso a direitos básicos. A pandemia acaba expondo vulnerabilidades históricas das pessoas idosas no acesso a saúde, como a dificuldade de acesso e tratamento oportuno para condições crônicas comuns como diabetes e hipertensão, por exemplo essas condições mal manejadas acabam aumentando o risco de desfechos fatais pelo coronavírus. 

2) Tivemos no RS casos em Instituições de Longa Permanência para Idosos. Esse é um grande problema devido a quantidade de pessoas que estão nestes locais. Como a pasta está lidando para evitar que hajam surtos de coronavírus nestes locais?

Desde março de 2020, a SES tem envidado esforços para enfrentar o impacto da covid 19 nas ILPIs. A partir de abril foram elaborados uma série de documentos específicos para prevenção e controle ao novo coronavírus em ILPI. Em 25 de maio foi publicada portaria estadual - 352/2020, atualmente em vigor, que, além de orientações, determina que as ILPIs elaborem planos de contingência e apresentem a SES, oferecendo parâmetros para sua construção. A portaria teve sua versão original em 5 de maio de 2020 (portaria 289 SES). Anterior a isso, estava em vigor normativa técnica sobre as medidas de prevenção, a qual não tinha força de lei. Desde a publicação da portaria 289, o CEVS e Área Técnica de Saúde do Idoso tem, em conjunto com as regionais de saúde, apoiado as ILPI na elaboração de seus planos, através de apoio remoto, por email, telefone e realizando web reuniões com a presença dos gestores de ILPIs. O trabalho de acompanhamento e monitoramento de surtos e óbitos em ILPI acontece diariamente, através dos dados disponibilizadas pela Coordenadorias Regionais de Saúde e pelo Centro de Operações de Emergência (COE). Temos atualmente 104 ILPI no estado com registro de surtos de covid-19 confirmados e 170 óbitos de residentes nestas instituições, dados SES/RS de 10/08/2020. 

Em relação as testagens, as ILPIs foram inseridas como primeiro grupo a ser priorizado no Testar RS, projeto de ampliação da testagem com RT-PCR para SARS-CoV 2 no território gaúcho, onde a partir do primeiro caso confirmado para COVID-19, na instituição, os trabalhadores e residentes da ILPI identificados como contactantes próximos, sintomáticos ou assintomáticos, devem ser testados por RT-PCR. Ainda, o RS foi contemplado no Projeto Todos pela Saúde ILPI, financiado pela Fundação Itaú, tendo como proposta o suporte técnico, de insumos e de utensílios para as ILPIs. Foram inseridas 31 instituições, localizadas em 15 municípios gaúchos, são ILPIs filantrópicas ou públicas cadastradas no Sistema Único de Assistência Social (SUAS).  

3) Nas redes sociais, há muitas críticas em relação ao trabalho dos órgãos de saúde e especialistas sobre o pico da doença e quando deve haver uma diminuição nos casos. Como explicar o que está acontecendo para as pessoas e orientá-las sobre a importância de seguir as orientações?

A doença causada pelo novo coronavírus é contemporânea e vários de seus aspectos ainda não são conhecidos profundamente pela ciência. A distribuição de casos e a progressão da doença entre as populações tem demostrado responder bem as medidas de distanciamento social de modo que deter o crescimento de casos novos depende tanto da capacidade do Estado em orientar e aplicar medidas de distanciamento social quanto de cada cidadão no sentido de atender as recomendações e determinações das autoridades de saúde. Os cidadãos devem procurar meios oficiais de informação como o portal https://coronavirus.rs.gov.br/inicial.

4) O combate a desinformação é importante neste período de pandemia. Como está sendo feito o trabalho da pasta para evitar que, principalmente os idosos, sigam orientações erradas sobre o combate ao vírus e como lidar na pandemia?

A circulação de informações falsas sobre a COVID-19 tem provocado um desserviço à população, o mais preocupante é que isso influencia diretamente a decisão das pessoas na sua proteção. Pesquisa realizada pela Avaaz, recentemente, apontou que sete em cada dez internautas brasileiros, acreditam em ao menos uma notícia falsa a respeito da pandemia de coronavírus. 

A SES tem investido na transparência das informações por meio do site da Secretaria, tem produzido materiais técnicos voltados para os profissionais de saúde e materiais informativos para a população em geral, como produção de cartazes sobre higienização das mãos e sobre o isolamento domiciliar e tem orientado sobre a busca por informações em sites oficiais, como da Secretaria Estadual de Saúde. No entanto, a comunicação diretamente com a população, dentre elas, os idosos ainda é um desafio. Acredita-se que a imprensa tem um papel importante na disseminação de informação e consegue se comunicar com a população com mais precisão. 

5) Depois de quase cinco meses de trabalho nesta pandemia, qual é a avaliação que você faz até aqui desse trabalho da pasta? Atendeu às expectativas? Ficou abaixo ou acima das expectativas?

Houve um investimento na ampliação da Rede de Saúde, concentrado na ampliação dos leitos de internação clínica e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em todas as macrorregiões de saúde, leitos que provavelmente ficarão como legados no pós pandemia. A ampliação das testagens e da rede de laboratórios também tem sido fundamental para o diagnóstico, isolamento e tratamento de sintomáticos, ações consideradas estruturantes. Quanto as expectativas, é difícil avaliar, num cenário de calamidade pública, um vírus com proporções desconhecidas pela ciência, sem medicamento específico e sem vacinas. Ressalto que a pandemia evidenciou o quanto é necessário o maior investimento no Sistema Único de Saúde, que desde sua criação sofre com o sub-financiamento, o SUS é patrimônio do povo brasileiro e salva vidas.  

6) Quais serão os principais desafios da pasta daqui pra frente até achegada de uma vacina e da imunização da categoria dos idosos?

O maior desafio seguirá sendo atender através do Sistema Único de Saúde todas as pessoas idosas que necessitarem de cuidados em saúde. A suficiência da oferta de atendimento a todos que necessitem depende de conciliar as medidas de distanciamento social com as medidas de capacidade do sistema de saúde. A SES/RS gerencia a distribuição de Equipamentos de Proteção aos profissionais de saúde (EPIS), gerencia a distribuição de testes para a covid-19, monitora todos os casos positivos de covid, monitora leitos, respiradores etc. É um grande trabalho prestado pelos servidores públicos do Rio Grande do Sul a população gaúcha e a demanda de trabalho ainda cresce diariamente. 

7) Você poderia deixar um recado aqui para a categoria de aposentados, pensionistas e idosos sobre como lidar nessa situação de isolamento e sobre orientações para evitar o contágio do vírus?

Fiquem em casa sempre que possível. Usem máscara se tiverem que sair de casa.  Lavem as mãos com água e sabão frequentemente. Se possível, utilizem álcool em gel a 70% para higienização das mãos regularmente. Mantenham ventilação natural da casa com janelas e as portas abertas sempre que possível. 

As agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) reabrem na próxima segunda-feira (14). O atendimento presencial em parte dos postos do órgão será retomado, porém apenas com agendamento através do Meu INSS ou telefone 135. 

De acordo com o INSS, apenas os serviços de perícia médica, avaliação social, cumprimento de exigência, justificação administrativa e reabilitação profissional estarão disponíveis. Segundo o órgão, os segurados que não efetuarem agendamento prévio não serão atendidos. O objetivo é evitar aglomerações dentro e fora das agências.

A reabertura gradual dos postos vai permitir o atendimento de cerca de 900 mil requerimentos que estão parados devido ao cumprimento de exigência, conforme o presidente do INSS, Leonardo Rolim. Em entrevista ao jornal Agora, da Folha de S. Paulo, o presidente do órgão destacou que esses pedidos estão em espera porque são necessários alguns documentos. 

É importante que quem possui pendências ou a necessidade de entrega de documentos com o INSS, agende o atendimento de forma antecipada pelo telefone 135 e pelo Meu INSS

A portaria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia que prorroga o retorno do atendimento presencial no órgão foi publicada nesta segunda-feira (24). O processo de atendimento exclusivo por canais remotos continua até o dia 11 de setembro (sexta-feira).

Apesar da publicação nesta segunda-feira, a decisão foi anunciada na última sexta-feira (21). Desde de março o atendimento nas unidades do INSS está suspensa em decorrência da pandemia de Covid-19.

A retomada do atendimento deve ser gradual com agendamento prévio pelos canais remotos. Até a reabertura das agências, os beneficiários do INSS devem utilizar os canais Meu INSS e pela Central 135, por telefone.

Além disso, o INSS também está trabalhando com novas procedimentos para agilizar os processos no órgão. Uma das atividades é a entrega de documentos exigidos para a análise de requerimentos em uma urna que está sendo disponibilizada na entrada de agências de todo o país. Também foi iniciado um projeto-piloto para efetuar a prova de vida anual por biometria facial, feita nos aplicativos do Governo Digital e Meu INSS com o uso da câmera do celular do cidadão. No entanto, cerca de 500 mil segurados foram selecionados para participar desse teste. 

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