Um estudo produzido pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) indica que ao analisar a massa muscular em braços e pernas de idosos é possível estimar a longevidade da pessoa.
Os pesquisadores acompanharam um grupo de 839 idosos por aproximadamente quatro anos e observaram que o risco de mortalidade geral no período foi cerca de 63 vezes maior entre as mulheres com pouca massa muscular nos braços e pernas. Em relação os homens, o estudo abordou pessoas que já apresentavam baixa porcentagem de músculos nos membros desde a primeira avaliação e o resultado foi de que a chance de morrer foi ampliada para 11,4 vezes.
De acordo com a professora de Reumatologia da FM-USP e coordenador da pesquisa, professora Rosa Maria Rodrigues Pereira em entrevista a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), houve uma avaliação da composição corporal da população com ênfase na massa muscular apendicular (braços e pernas) e também buscou-se identificar quais fatores poderiam indicar a mortalidade nos anos seguintes. “A quantidade de massa magra nos membros superiores e inferiores foi o que mais se destacou na análise” destacou a professora.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 46% dos indivíduos acima de 80 anos são afetados pela perda generalizada e progressiva de massa muscular associada ao envelhecimento, chamada de sarcopenia. Este problema pode ser revertido com a prática de exercícios físicos, principalmente a musculação. Além disso, as atividades também ajudam a desenvolver o equilíbrio e contribuem com a saúde mental.