Durante o 1º Fórum de Debates da Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do Rio Grande do Sul (FETAPERGS), o psicólogo Luís Carlos Bolzan defendeu o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e criticou a Emenda Constitucional 95 que definiu um teto para gastos públicos por 20 anos.
De acordo com Bolzan, que possui mestrado em Saúde Pública, a maior parte dos recursos das áreas da Previdência Social, Saúde e Assistência Social são para o custeio geral e a Emenda Constitucional 95 prejudica os serviços prestados à sociedade ao diminuir a capacidade de investimento. Além disso, o palestrante citou a relevância desse corte nos investimentos: “O orçamento destas três áreas está junto na Seguridade Social”.
Outro assunto abordado por Bolzan foi a relação entre os governos municipais e os investimentos em saúde pública: “As gestões municipais ajudam o SUS a funcionar”. O palestrante observou que de acordo com a Constituição Federal de 1988, o financiamento do Sistema Único de Saúde deve ser feito pelos governos municipais, estaduais e pela União. Segundo Bolzan, um problema que afeta a saúde pública é que “o dinheiro sai de áreas essenciais para pagar a dívida pública e quem perde com tudo isso é o aposentado” como, por exemplo, através do alto custo de “medicamentos essenciais e fundamentais para a saúde”.
Ao final da palestra, Bolzan pediu o fortalecimento e a defesa do SUS pelas associações, federações e a Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos (COBAP).
Uma nova regra para calcular as aposentadorias dos brasileiros entra em vigor no final deste ano, a partir de 31 de dezembro. Implementada por lei em 2015, a fórmula conhecida por 85/95 aumentará um ponto e se tornará a regra 86/96. Essa regra pode fazer o aposentado ganhar um benefício maior.
Esta medida dá ao cidadão a opção de escapar do fator previdenciário, criado para diminuir a aposentadoria antes dos 65 anos para homens e 60 para mulheres. Se a soma da idade do trabalhador com o seu tempo de contribuição for de 85 (mulheres) e 95 (homens), há a aposentadoria sem desconto.
A partir de dezembro, a mesma soma precisa alcançar 86 e 96. Esta fórmula irá aumentar gradualmente até 2026. De acordo com a Secretaria da Previdência Social, quem alcança a soma 85/95 neste ano pode se aposentar pela regra há qualquer momento, mesmo se pedir o benefício em 2019.
O cidadão pode conferir os requisitos para usar a regra pelo portal Meu INSS pelo item “Aposentadorias Urbanas”, na barra lateral esquerda do site. Pelo site o cidadão também pode dar encaminhamento ao pedido de aposentadoria. Se houver informações insuficientes, o INSS irá solicitar dados ao trabalhador.
Uma reportagem da GaúchaZH demonstrou cinco casos onde homens e mulheres estão com dificuldades no acesso à aposentadoria. O grande problema é a demora da Previdência Social no atendimento às solicitações.
Em um dos casos citados na reportagem, o agricultor Edimar da Silva Duarte, com 62 anos, o pedido de aposentadoria foi feito em 18 de agosto de 2016 e a previsão era de ser atendido em 30 dias e a espera já dura dois anos.
Outra situação citada pela reportagem é a da agente de saúde Aurea de Oliveira, que aguarda ao atendimento de seu pedido desde dezembro do ano passado. A previsão de resposta era até o dia 12 de fevereiro, no entanto, quase sete meses depois ela continua aguardando.
Conforme o INSS, segundo apuração da reportagem, mudanças no sistema de agendamento dos serviços e o fator de uma possível reforma da Previdência, aumentariam a quantidade de pedido de aposentadorias chegando nas agências. De acordo com o comunicado do INSS à reportagem, o órgão conta com apenas 46 servidores exclusivos para analisar os processos. Segundo o INSS, são realizados cerca de 38 mil atendimentos por mês nas agências de Porto Alegre, Alvorada e Viamão.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nessa quarta-feira (22) que os aposentados que precisam de auxilío permanente possuem direito a acréscimo de 25% no benefício recebido da Previdência Social. A decisão foi tomada por cinco votos a quatro pela Primeira Seção da Corte. O governo federal ainda pode recorrer.
O adicional também será pago nos casos em que o aposentado recebe o teto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), definido em R$ 5.645,80 para 2018.
Até a decisão da corte, o acréscimo era garantido apenas para aposentados por invalidez que precisavam de cuidador, pois está previsto na Lei de Benefícios Previdenciários, norma que específica os benefícios que o segurado tem direito. O julgamento deve servir como base para processos que tramitam em todas as instâncias do Judiciário.
Silvia Maria Kuhn*
Estamos novamente num ano de eleições. Neste ano escolheremos presidente, governador, deputados estaduais, federais e senadores.
A lei faculta o voto de pessoas com mais de 70 anos, mas não podemos, nem devemos abrir mão deste direito tão importante que é de escolher nossos representantes, pois mesmo que sejamos aposentados, pensionistas ou idosos, acima de tudo, somos cidadãos. Ajudamos a construir nossas riquezas e nossa pátria e precisamos eleger pessoas que venham para melhorar e solucionar o caos que se estabeleceu, nos últimos anos, em todo o país.
Precisamos banir da vida pública os políticos corruptos e incompetentes que não atendem os serviços essenciais à população como saúde, educação, segurança e os direitos trabalhistas.
Este é o momento de elegermos e reelegermos políticos que nos representem, comprometidos com as nossas lutas e reivindicações. Pessoas que defendam e trabalhem em favor das causas sociais e, principalmente, a causa dos aposentados.
É imprescindível que estejamos atentos ao projeto político de cada um, pois é muito fácil fazer promessas absurdas na hora de angarir votos. Vamos conhecer a história de cada um, pois é muito fácil fazer promessas absurdas na hora de angariar votos. Vamos conhecer a história de cada candidato e sua plataforma política para poder discernir o "joio do trigo" e escolhermos os melhores.
Nós convocamos você, amigo associado que tem 70 anos ou mais para fazer valer seu direito. No dia 07 de outubro, vá às urnas e faça a diferença: VOTE!
*Presidente da Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas de Lajeado (ATAPEL)