Fundada em 24/01/1984, é uma associação de direito privado, representativa e orientadora, com fins não econômicos e congrega entidades representativas de aposentados, pensionistas e idosos, quaisquer que sejam as suas origens profissionais, tendo como foro, sede e administração a cidade de Porto Alegre – RS, com jurisdição em todo o território do Estado do Rio Grande do Sul...
Inflação pesa mais para idosos do que para o resto da população
Inflação geral nos últimos 12 meses para os idosos soma 10,21%. Índice é puxado por itens como energia, medicamentos e serviços médicos.
Na quarta-feira (14), o Jornal Nacional mostrou como a inflação tem doído mais no bolso dos brasileiros que fazem refeições fora de casa, mas não são só eles os mais prejudicados pela subida acelerada de preços.
Se o mundo já deu muitas voltas, e você deu um jeito de ficar de pé em cima dele, você merece um desconto. A aposentada Cleusa Mucke tem 74 anos, mais de 27 mil giros de Terra na conta e o que ela está tendo é o contrário de desconto. É em casa que está o problema e é difícil de fugir. A equipe do Jornal Nacional foi até a casa de Cleusa investigar se o que os economistas estão dizendo é verdade: que a inflação bate na porta de todo mundo, mas os índices são maiores na casa das pessoas idosas.
Cleusa mora com a irmã, Edinha, que tem 75 anos. Elas dividem todas as contas com as duas aposentadorias. “É uma época difícil, realmente não é só pra nós, para todos, e a gente sentiu muito”, aponta Cleusa.
O que ela sente está expresso nos números. A Fundação Getúlio Vargas mede o impacto da inflação no orçamento dos idosos. E olha os números do último ano. Em primeiro lugar, a conta de luz aumentou 53%. “O ar-condicionado a gente tirou. Colocamos só ventilador de teto. Eliminei de passar roupa, só o estritamente necessário. E a luz a gente procura sempre desligar”, conta Cleusa.
A conta de água aumentou 14%. “No banho, é o seguinte: a gente entra, toma ducha, ensaboa, passa xampu no cabelo... Desliga, e depois liga de novo o chuveiro só pra dar aquela chuveirada pra tirar e pronto”, diz Cleusa.
O serviço de diarista subiu 11%. “Minha diarista vinha com mais frequência. Agora já passou a vir a cada 15 dias. Às vezes, até uma vez por mês”, aponta Cleusa.
Esses aumentos são iguais para todo mundo, só que eles ganham um peso diferente no orçamento dos idosos. “Atualmente, despesas importantes para o idoso, como energia, ou mesmo medicamento, serviços médicos, avançaram, em média, mais do que a inflação. Então ele acaba tendo a sensação, e isso é comprovado pelo índice, que ele está vivendo um processo inflacionário mais intenso”, explica o economista da FGV André Braz.
Remédios, por exemplo, aumentaram 7%. E os remédios pra osteoporose, especificamente, aumentaram 11%.
O resultado: a inflação geral nos últimos 12 meses foi de 9,65%. Para os idosos, está na casa dos dois dígitos: 10,21%.
Quem diria que um número poderia se transformar em saudade. Faz tempo que a Cleusa não vê filha e netos, que moram na região serrana do Rio. “Já tem dois meses que não vou a araras. É muito triste, mas fazer o quê? Eu queria curtir os netos, principalmente o pequeno, senão, daqui a pouco, eu chego lá e não sabe quem é a avó”, lamenta.
Para driblar a saudade, um banho de sol. E que o desconto venha em saúde para aguentar todas essas voltas que o mundo dá.
Fonte: Globo
Rio Grande do Sul faz dobradinha no concurso Miss e Mister COBAP 2015
Uma das atrações da programação do XXIII Congresso Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, em Maceió/AL, é o tão esperado concurso Miss e Mister COBAP 2015.
Na noite de sábado (10) concorrendo com mais 10 estados, a Miss Fetapergs 2015, Maria Izabel de Souza Gomes conquistou o título de Miss COBAP 2015 juntamente com o Mister Fetapergs 2015, Mário Almeida que levou pela segunda vez consecutiva ao Rio Grande do Sul o título de Mister COBAP. A primeira conquista do estado foi com Victor Hugo no ano de 2013 durante a realização do XXII CNAPI em Florianópilis/SC.
A torcida do Rio Grande do Sul deu um show a parte: a mais numerosa, barulhenta e animada. O casal eleito teve a honra de receber as faixas das mãos dos presidente Warley Martins, da sua esposa Irma e do líder alagoano Fernando Rego. A coroa foi repassada para a Miss Maria Isabel pela eterna rainha Shirley Gonçalves (vencedora do concurso nacional em 2013). Todos aplaudiram e elogiaram o desfile.
A FETAPERGS parabeniza os vencedores que representaram lindamente o Rio Grande do Sul.
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Dirigentes da COBAP elegem diretoria fundadora e agora busca registro e reconhecimento
Por Richard Casal e Lívia Rospantini
Na última quinta-feira, 8 de outubro, dirigentes de diversas regiões do Brasil se reuniram no Hotel Ritz em Maceió (AL) para formatar a histórica criação da Central Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (CNAPI). A nova entidade já nasce forte e com grande representatividade, pois foi constituída por centenas de associações e federações filiadas na COBAP.
De forma democrática houve uma disputa interna para escolha dos cargos. Duas lideranças colocaram seus nomes a disposição, Iburici Fernandes e Antônio Alves da Silva, ambos respectivamente presidentes das federações de Santa Catarina e São Paulo. A votação foi aberta, com os presentes erguendo os braços para seus preferidos. Com ampla vantagem Iburici superou Antônio Alves nos votos (27 contra 4).
Devido seu prestigio e popularidade, o líder Warley Martins, atual presidente da COBAP, foi indicado por unanimidade para assumir a vice-presidência da Central dos Aposentados. Após a lavratura da ata de fundação, o próximo passo será o registro do estatuto e da diretoria fundadora. Depois disso, o grupo irá lutar pelo reconhecimento do governo.
FUNDADORES ELEITOS DA CENTRAL DOS APOSENTADOS
Presidente - Iburici Fernandes
Vice - Warley Martins
Secretário Geral - Nelson de Miranda Osório
Diretor Financeiro - Robson Bittencort
Diretor de Organizações Filiadas - Joao Florêncio Pimenta (adjunto José Franco)
Diretor de Cultura e Movimentos Sociais - Marise Sansão (adjunta Yedda Gaspar)
Diretor de Seguridade Social - Denildo Barreto (adjunto Gildo Arquiminio de Carvalho)
Diretor de Comunicação e Relações Públicas - Agostinho (adjunto Tim Maia)
Diretora da Mulher - Lourdinha (adjunta Mildes)
Diretor de Relações Nacionais e Internacionais - José Aureliano Ribeiro (adjunto Josias de Mello)
Diretor de Assuntos Jurídicos - Osório Diesel (adjunto Dra. Maria Dornelles)
CONSELHO FISCAL
Vieirinha (adjunto Luiz Adalberto Silva)
Antônio Elias (adjunto Luís Legnani)
Moacir Meirelles (adjunto Aderson)
Fonte: COBAP
MP com emenda que autoriza a desaposentação vai à sanção da presidente
Prática prevê uma carência de 60 novas contribuições a ser cumprida pelos aposentados que voltaram a trabalhar
O plenário do Senado aprovou na quarta-feira (7) a Medida Provisória que disciplina as aposentadorias do Regime Geral da Previdência Social pela regra alternativa 85/95, que permite aos trabalhadores se aposentarem sem a redução aplicada pelo fator previdenciário sobre os proventos.
A regra é uma alternativa ao fator previdenciário, criado em 1999 para desestimular o trabalhador a se aposentar muito cedo, pois ele reduz o valor do benefício para os homens que se aposentam antes dos 65 anos e para as mulheres antes dos 60 anos de idade. Além disso, com progressividade, a regra mantém como tempo mínimo de contribuição 35 anos para homens e 30 anos para mulheres.
Desaposentação
Além disso, o texto da MP tem uma emenda, incluída na passagem pela Câmara dos Deputados, que autoriza a chamada desaposentação. A prática permite que aquele trabalhador já aposentado que voltou ao mercado possa pedir o recálculo do benefício previdenciário baseado nas contribuições adicionais.
A emenda, proposta pelo deputado Rubens Bueno (PPS/PR), prevê uma carência de 60 novas contribuições a ser cumprida pelos aposentados que voltaram a trabalhar. Ou seja, o benefício somente valerá para aqueles de volta há, pelo menos, cinco anos. Outro ponto importante é que, em nenhuma hipótese, o benefício poderá ultrapassar o teto do INSS (de R$ 4.663,75 em 2015).
Nas regras atuais, o governo não permite que o segurado renuncie ao benefício recebido para conseguir um outro, mais favorável, utilizando como base as novas condições salariais e de contribuição.
O assunto vai contra os atuais interesses de ajuste orçamentário. Segundo informou o Ministério da Previdência, em fevereiro de 2012 havia 703 mil aposentados na ativa.
Levando em conta apenas os que tinham aposentadoria por tempo de contribuição em dezembro de 2010, o recálculo dos benefícios significaram um impacto de R$ 69 bilhões “no longo prazo”, informou a pasta. Na ocasião, os cálculos foram feitos abrangendo todos os aposentados que voltaram a trabalhar, sem a exigência de cumprimento de novas 60 contribuições.
Fonte: Economia.ig
Descontos no programa Farmácia Popular correm o risco de acabar em 2016
Corte no orçamento proposto pelo Governo Federal atinge 15% dos participantes do programa
Os cortes no orçamento do Governo Federal anunciados para o próximo ano atingirão diretamente os pacientes que precisam de medicamentos com descontos concedidos pelo Ministério da Saúde. A Proposta de Lei Orçamentária para 2016 (PLOA), anunciada há duas semanas, prevê um corte de R$ 578 milhões no programa "Farmácia Popular do Brasil", ação que possibilita a compra de medicamentos com até 90% de desconto em alguns remédios e gratuidade para outros.
O documento encaminhado pelo executivo garante que os 14 medicamentos para o tratamento de hipertensão, diabetes e asma continuarão sendo ofertados de graça. Já os remédios usados para controlar a rinite, colesterol, mal de Parkinson, glaucoma, osteoporose, anticoncepcionais e fraldas geriátricas poderão ter os descontos, que chegam a 90%, cortados pelo governo em 2016. Para essa modalidade do "Farmácia Popular do Brasil", não há recursos previstos.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 85% dos pacientes atendidos pelo programa recebem remédios gratuitos e não deverão ser afetados. A aposentada Maria de Lourdes, 75 anos, retira mensalmente e sem custo os medicamentos necessários para controlar a pressão alta. Ela fica aliviada por não ter previsão de corte da gratuidade do remédio que usa, mas acredita que a medida não é correta.
— É um absurdo, não está certo, o governo deveria reavaliar. Isso deveria ser revisado. Hoje eu tiro medicamentos de graça, eu vou com a receita e o meu CPF e tiro de graça. A gente fica aliviada porque pelo menos o meu eu vou conseguir tirar — afirma ela.
Em uma farmácia conveniada ao Programa, no Centro de Porto Alegre, a atendente Rosemar Oliveira, 32 anos, explica quanto ficaria o preço de um remédio sem o benefício do Governo Federal:
— A Sinvastatina (remédio para reduzir o nível de colesterol no sangue), de 20 mg, sai R$ 3 com o desconto. Sem o desconto da Farmácia Popular, ele sai a R$ 70. Não é nem o dobro, é um absurdo o preço. As pessoas já choram por R$2 ou R$ 3, imagina manter um medicamento a R$ 70 por mês... vai ser um caos.
O Ministério afirma que o cenário não é definitivo, já que a proposta precisa ainda ser discutida e aprovada no Congresso Federal. A pasta trabalha ainda na recomposição de recursos do DPVAT (seguro obrigatório de veículos brasileiros) para os cofres da saúde. A discussão está sendo feita junto ao Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão e injetaria mais R$ 4 bilhões no próximo ano.
Atualmente, existem 29 farmácias próprias do programa e 3.360 farmácias conveniadas com o "Aqui Tem Farmácia Popular" no Rio Grande do Sul. Se a proposta for aprovada, esses locais apenas fornecerão medicamentos gratuitos à população. O corte no orçamento também prevê uma diminuição no número de farmácias próprias em todo o país, que hoje é de 527 estabelecimentos. A previsão é que não ultrapasse 460 postos de venda ao todo.
No dia 14 de setembro, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou cortes no orçamento federal para o próximo ano, totalizando redução de R$ 26 bilhões para os cofres públicos. Só no Ministério da Saúde, R$ 3,8 bilhões foram cortados, mantendo o mínimo previsto na Constituição de investimento na área.
Com o objetivo de aumentar a receita, o governo pretende ainda recriar a CPMF (Contribuição Provisória sobre as Movimentações Financeiras). Se nos anos 1990 o tributo foi criado para financiar a saúde, desta vez, os recursos recolhidos com a CPMF serão destinados para o custeio da Previdência, outra dor de cabeça do Planalto.
Fonte: Diario Gaúcho