A destruição de um símbolo nacional
Por Fátima Malheiro
A Petrobras é nossa e o petróleo também. A maior empresa do país está sob risco e precisamos defender o nosso patrimônio, que foi construído com o suor do trabalhador brasileiro.
Criada em 3 de outubro de 1953, durante o segundo governo de Getúlio Vargas, a Petrobras cresceu e tornou-se uma gigante petrolífera. Instalada em 27 países já esteve presente na lista das dez maiores empresas do mundo e chegou a ser apontada como a segunda maior companhia de petróleo do mundo.
Ter uma empresa robusta, do porte da Petrobras, acabou despertando a cobiça do capital estrangeiro que sempre desejou pôr suas mãos em nossas riquezas. Todo esse desenvolvimento e investimento, ao longo de décadas, sempre tiveram grandes inimigos internos e externos. Por ironia do destino aqueles que deveriam ser os maiores defensores desse símbolo nacional se omitem e vão contra a vontade de seu povo.
Ao longo de seus 63 anos de existência, mesmo sendo premiada e reconhecida internacionalmente pelo desenvolvimento de tecnologia de exploração em águas profundas, esses mesmos inimigos conseguiram colocar a empresa numa situação de extrema dificuldade.
Os representantes do governo atual, ao invés de buscarem alternativas para resolverem as lambanças feitas pelos governos anteriores, agora trilham pelo caminho mais fácil: vender partes da empresa e assim enterrar o sonho dos que morreram lutando pelo “O Petróleo é Nosso”.
O cinismo de determinados personagens com foro privilegiado pegos em gravações é vergonhoso. É uma tentativa de passar recibo de idiota para o povo brasileiro. É como se não existissem culpados. Todos os envolvidos repetem o mesmo discurso: “O dinheiro arrecadado foi dentro da lei e todas as contas da campanha foram aprovadas pelo TSE”. Afinal quem roubou a Petrobras?
A empresa foi sugada e envolvida no maior esquema de corrupção já visto no país. Trabalhadores foram demitidos, empresas prestadoras de serviço faliram e ninguém fala mais do Pré-sal.
O Pré-sal é o passaporte de sucesso para as novas gerações e a Petrobras mais uma vez é vítima nessa história. Não é admissível o que está ocorrendo. É uma vergonha! É inconcebível assistirmos, inertes, ao desmonte de nosso maior símbolo de competência e prestígio. É uma tentativa monstruosa de acabar com um projeto que deu certo.
Nós brasileiros que temos o hábito de achar que só sabemos sambar e jogar futebol, estamos mostrando que quando colocamos toda nossa energia e qualidade técnica num objetivo, conquistamos respeito e dignidade.
Mais uma vez o destino da empresa está nas mãos do povo. Vamos mostrar ao mundo que o “Petróleo é nosso”.
Fonte: Boletin ASAPREV/RJ - Nº 164