Com o título "Desafiados a pensar", o presidente da FETAPERGS José Pedro Kuhn escreveu um texto que foi publicado no editorial do jornal A Voz do Aposentado de junho. Para acessar o conteúdo do jornal na íntegra clique aqui.
A FETAPERGS é uma entidade social que agrega o segmento constituído de associações de trabalhadores aposentados, pensionistas e idosos com a importante missão de trabalhar em defesa da vida com dignidade dos associados. O planejamento de atividades como assembleias, fóruns, seminários regionais e tantos outros encontros de características presenciais, cultura do nosso segmento, foram interrompidos pela pandemia viral que exigiu afastamento e distanciamento entre as pessoas, portanto restou-nos os contatos online para trocar ideias e orientações.
Apesar das dificuldades causadas pelo isolamento, a diretoria está sempre atenta às demandas. Estamos esperançosos, pois felizmente os nossos cientistas foram ágeis em desenvolver vacinas para nos proteger e com a vacinação das pessoas sendo realizada, embora um pouco lenta, em breve teremos imunização suficiente para retomada do nosso planejamento com atividades presenciais.
O processo de imunização ameniza o sofrimento causado pela pandemia e traz um pouco de tranquilidade para as famílias, porém devemos manter cautela. Sonhamos estar reunidos, presencialmente, para debater os desafios e pensar as novas formas de convivência, graças à vacinação que nos traz imunidade. No entanto, é importante reforçarmos a necessidade de cuidar da saúde, pois a Covid-19 veio para ficar junto a tantos outros vírus já existentes.
Vamos seguir os protocolos de segurança e acreditar que coletivamente, em breve, poderemos participar dos eventos da FETAPERGS e construir uma bela história em favor da vida.
Abraço aos amigos leitores.
De acordo com dados compartilhados pelo Ministério da Saúde em meados de abril, mais de 1,5 milhão de brasileiros não voltaram para receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Só no Rio Grande do Sul, mais de 123,5 mil gaúchos ainda não completaram o esquema vacinal do imunizante. Neste sentido, gostaríamos de reforçar a importância de receber a segunda aplicação da vacina para desenvolver uma taxa de imunização aceitável contra a doença.
É importante lembrar que se alguém tomar apenas a primeira dose dos imunizantes utilizados hoje no Brasil não estará devidamente protegido. Mesmo com um pouco de proteção oferecida pela primeira dose, a taxa não está dentro dos parâmetros estabelecidos por especialistas e instituições do setor, como a Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Até o momento, quase todas as vacinas aprovadas para uso no Brasil e no mundo precisam de duas aplicações.
As vacinas que são utilizadas hoje em território brasileiro são três: a da Pfizer/BioNTech; a da CoronaVac, Sinovac e Instituto Butantan; e também a AZD1222, de AstraZeneca, Universidade de Oxford e Fundação Oswaldo Cruz. Todas elas precisam de duas aplicações para gerar o efeito esperado. O período para receber a primeira, da Pfizer/BioNTech, deve ser tomada em duas doses com intervalo maior ou igual a 21 dias. A segunda, da CoronaVac, Sinovac e Instituto Butantan, são duas injeções com intervalos de 14 a 28 dias. A terceira, a AZD1222, de AstraZeneca, Universidade de Oxford e Fundação Oswaldo Cruz, deve ser tomada com um intervalo de 3 meses entre a primeira e a segunda aplicação.
Um dos grandes problemas causados após não retornar para completar o esquema de vacinação é a falsa sensação de segurança que o indivíduo cria após receber apenas uma dose. A pessoa pode achar que está completamente imunizada, mas não está e não pode seguir a vida normalmente, pois estará colocando a sua saúde e a das pessoas a sua volta sob riscos.
Portanto, entre em contato com a secretaria de saúde do seu município e informe-se sobre unidades de vacinação mais próximas de sua casa e vacine-se pela segunda vez.
O diretor da Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do Estado do RS (FETAPERGS) Itamar Santos, representante da entidade no Conselho Estadual de Saúde do RS (CES/RS), descreve a situação da pandemia e do risco do desemprego como principais fatores para o aumento dos casos de doenças psiquiátricas no Brasil.
Em junho do ano passado, quando o país chegava à marca de 50 mil mortos pela pandemia, uma pesquisa sobre a saúde mental dos brasileiros durante a quarentena, liderada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, registrou um aumento de mais de 90% em casos de depressão. Além disso, mais de 70% das queixas eram de crise aguda de ansiedade.
Itamar defende a reestruturação das atividades do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para atender e auxiliar na atenção aos trabalhadores: "Grande parte dessa situação que vivenciamos hoje ocorre por causa da falta de estrutura do INSS, principalmente pela mudança brusca para os meios digitais, pois muitos trabalhadores não possuem ou não sabem como acessar esse serviço".
De acordo com o membro do Conselho Estadual de Saúde, o desenvolvimento tecnológico, a alta competitividade no mercado de trabalho e o medo de perder o emprego são causas que já afetavam os trabalhadores brasileiros e isso foi agravado durante a pandemia: "O risco de ficar sem emprego e a alta competitividade destroem vidas, não podemos ficar nesta ideia de que o mercado é exigente, todos precisamos ter as mesmas oportunidades e direito a ter um psicológico saudável".
A Medida Provisória (MP) 1.006/2020, que entre as diversas propostas amplia o prazo para a revalidação das mensalidades de associações e entidades de aposentados e pensionistas, foi aprovada ontem (10), pelo Senado Federal.
De acordo com o texto, o processo chamado de recadastramento seria revalidado a cada três anos a partir de 31 de dezembro de 2021. No entanto, com os impactos da pandemia de Covid-19 neste ano e a necessidade de restrição da circulação de pessoas, principalmente idosos, o projeto amplia o prazo para 31 de dezembro de 2022.
Neste sentido, o processo de revalidação a cada três começará a valer a partir de 31 de dezembro de 2022. Além disso, esse prazo pode ser prorrogado por mais um ano através de ato do presidente do INSS.
Entre outras mudanças, a MP aprovada aumenta de 35% para 40% o limite da margem de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS com base no valor do benefício. Desse limite, 35% são para o empréstimos consignados e 5% para o cartão de crédito. O projeto decorrente da MP (PLV 2/2021) foi aprovado apenas com uma emenda de redação no Senado e agora segue para a sanção presidencial.
Os números de óbitos, internações e novos casos de Covid-19 no Brasil nas últimas semanas ligou o sinal de alerta para toda a população. Ontem (03), o país registrou 1.840 mortes em decorrência do novo coronavírus. Os números são de origem do consórcio de veículos de imprensa que apuram junto às secretarias estaduais de Saúde.
Com o agravamento da situação, os idosos, grupo considerado de risco a Covid-19, precisam dedicar uma atenção especial aos cuidados e protocolos sanitários diariamente.
Além disso, a presença de uma nova variante que é considerada por especialistas em epidemias mais contagiosa, deixou epidemiologistas preocupados com a dimensão que a pandemia deve alcançar no Brasil.
Apesar da chegada da vacina, a imunização da população brasileira ainda deve demorar. Por isso, é importante que todos continuem seguindo as orientações de profissionais de saúde e especialistas em epidemias.
Use máscara quando estiver em um espaço com outras pessoas, evite ir ao supermercado ou farmácia em horários que há muito movimento no estabelecimento e, se possível, evite sair de casa e se reunir com outras pessoas.