Diretor Secretário da FETAPERGS, Léo Altmayer
Estão vendendo o patrimônio com a desculpa de sanar os déficits do País. Entram nesse leilão, empresas que geram lucros, ou seja, superavitárias que produzem receita. Na lista de vendas, camuflada de bondades, entregam para os banqueiros, investidores e grandes empresas internacionais nossos bens mais seguros e rentáveis. Nessa proposta estão, por exemplo, no caso do Rio Grande do Sul, empresas como: Banrisul, Corsan, CEEE e a SulGás. No Brasil, a grande pechincha da vez é a Petrobrás, que “entrega” a preço vil as pesquisas dos poços de petróleo presente na rica costa brasileira.
Além do patrimônio físico está na lista um dos maiores bens que uma nação democrática de direito pode dar ao seu povo, a Previdência Social. O cidadão que com trabalho e sacrifício contribuiu para a previdência esperando ter uma aposentadoria digna, agora corre sérios riscos de ver o patrimônio que acumulou ser corroído por reajustes diferenciados. Isso será o resultado da criação de salário mínimo para os trabalhadores e outro para os aposentados.
Os bancos e as empresas que vendem fundos de pensão estão de olho na situação para “abocanhar” os cidadãos que desacreditam na atual instituição pública. Nestas propostas estão inseridos planos e benefícios reduzidos, válidos por poucos anos. Isso se não quebrarem antes. Em dezembro, o relator da proposta, o deputado federal do PMDB-RS, Alceu Moreira, fez um relatório sobre a reforma da Previdência em menos de 24h, desprezando um assunto tão complexo e importante. Agora, o projeto está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e o relator é o deputado, Arthur Maia do PPS-BA, da base do governo. Além disso, a Câmara pretende votar a proposta em 60 dias. Precisamos nos manifestar e sair nas ruas do Brasil inteiro para esclarecer à sociedade da nocividade da proposta enviada ao Congresso e, principalmente, mostrar ao Governo Federal que o povo não é a favor desta reforma da Previdência.