A Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do RS (FETAPERGS), que representa mais de 287 mil aposentados e pensionistas em Porto Alegre, manifesta a sua posição contrária ao reajuste da tarifa e o retorno do pagamento de 50% da segunda passagem.
De acordo com o representante da entidade no Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) Carlos Pinheiro, de 58 anos, esse valor está fora da realidade vivida em Porto Alegre. “Hoje há um sucateamento dos ônibus em Porto Alegre, a população sabe que os ônibus estão precários” disse Pinheiro. Além disso, o representante da Federação que trabalhou como rodoviário da Carris por 16 anos, citou um dos motivos contraditórios apresentados no argumento do reajuste da tarifa: “O novo valor inclui o custo do ar-condicionado na frota, sendo que no último reajuste, essa tarifa já estava incluída”.
Pinheiro também questionou a qualificação da classe rodoviária em Porto Alegre ao exemplificar situações de “falta de respeito” que são vividas por gestantes, idosos e pessoas com deficiência diariamente.
Outro motivo apresentado no Comtu e que o representante da FETAPERGS questiona é o aumento salarial dos rodoviários: “Foi um aumento muito pequeno de 2% que já foi aceito e essa justificativa não deveria ser discutida no reajuste da passagem”.