A Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do Estado do RS (FETAPERGS) manifesta preocupação com as notícias divulgadas em janeiro sobre o atraso na análise de mais de 1,3 milhão de pedidos de concessão de benefícios. Além disso, a FETAPERGS também discorda da ação do governo de convocar sete mil militares da reserva para reforçar a análise dos benefícios.
Em 30 de julho do ano passado, a Federação organizou uma reunião com a Gerência-Executiva do INSS em Porto Alegre para buscar esclarecimentos sobre o atraso na análise de pedidos de benefícios e como isso seria resolvido. Durante a reunião, foi apresentada que um dos motivos para os atrasos era a transição do atendimento físico para o eletrônico. Além disso, também houve justificativas em relação ao aumento dos pedidos de aposentadoria de servidores. De acordo com a Gerência-Executiva, haveriam tentativas para alterar a situação do atraso na análise de pedidos em 2020.
De acordo com o presidente da entidade na época José Pedro Kuhn, o atraso na análise dos pedidos de benefícios não será resolvido com propostas paliativas e “sim ao enfrentar o problema de gestão já constatado pela CPI da Previdência, em 2017”.
“A Previdência Social no Brasil deve ser valorizada através de uma gestão eficiente, reconhecimento do trabalho dos funcionários e investimentos na estrutura das agências” afirma o atual presidente da FETAPERGS Léo Altmayer. Ao longo da reunião com o INSS, em julho de 2019, Léo Altmayer relatou que é nítido os esforços da Gerência-Executiva de POA para tentar melhorar o desempenho em 2020. “Temos esperança de que a situação melhore em 2020, pois são mais de um milhão de pessoas na fila para análise dos pedidos, muita gente desempregada ou que não tem mais condições para trabalhar” finaliza o presidente da entidade.